A Lei do Clima e da Resiliênciarecentemente adoptada em França, visa intensificar a luta contra as alterações climáticas e promover a transição ecológica em todos os sectores da economia. O sector imobiliário, enquanto sector-chave da economia francesa, é diretamente afetado por esta nova regulamentação. Neste artigo, analisamos as principais medidas da Lei do Clima e da Resiliência e o seu impacto no sector imobiliário.

 

  1. Proibição do aluguer de apartamentos com aquecimento

Uma das medidas mais importantes da Lei sobre o Clima e a Resiliência é a proibição do aluguer de casas consideradas "sumidouros de calor". Um sumidouro de calor é uma habitação que tem um desempenho energéticofrequentemente classificada como F ou G na etiqueta energética. A partir de 2023, será proibido arrendar essas habitações, o que incentivará os proprietários a efetuar obras de renovação energética para melhorar o seu desempenho.

  1. Auditorias energéticas obrigatórias para certos imóveis

A Lei do Clima e da Resiliência introduz também um requisito de auditoria energética para certas propriedades. Os edifícios comerciais com mais de 1 000 metros quadrados terão de ser objeto de uma auditoria energética de dez em dez anos. O objetivo desta medida é incentivar os proprietários de imóveis a identificar as fontes de desperdício de energia e a aplicar medidas de eficiência energética.

  1. Normas de construção e renovação mais rigorosas

A Lei do Clima e da Resiliência prevê normas de construção e renovação mais rigorosas para edifícios novos e existentes. Os novos edifícios terão de cumprir critérios mais exigentes em termos de desempenho energético e de pegada de carbono. No que respeita às renovações, serão fixados objectivos de redução do consumo de energia, incentivando os proprietários a efetuar obras de renovação energética.

  1. Informação sobre o desempenho energético das habitações

A lei exige também uma melhor informação sobre o desempenho energético das casas. A partir de agora, os anúncios de imóveis terão de mencionar a classificação energética do imóvel, permitindo que os futuros compradores ou inquilinos tenham em conta este aspeto na sua decisão. O objetivo desta medida é sensibilizar os consumidores para a importância da eficiência energética e incentivar transacções imobiliárias mais sustentáveis.

  1. Extensão da garantia de dez anos para trabalhos de renovação energética

A Lei do Clima e da Resiliência alarga a garantia de dez anos para os trabalhos de renovação energética. Isto significa que os trabalhos de renovação energética beneficiarão da mesma proteção jurídica que os trabalhos de construção nova. Isto proporciona uma segurança adicional aos proprietários e inquilinos em caso de mau acabamento ou desempenho energético após a conclusão das obras.

 

Em conclusão, a Lei do Clima e da Resiliência traz mudanças significativas para o sector imobiliário francês, com foco na transição energética e na luta contra as alterações climáticas. Medidas como a proibição do arrendamento de imóveis que provocam o aquecimento, a obrigatoriedade de auditorias energéticas, o reforço das normas de construção e de renovação, a informação sobre o desempenho energético das habitações e a extensão da garantia de dez anos para os trabalhos de renovação energética têm como objetivo melhorar a eficiência energética dos edifícios e reduzir o seu impacto ambiental.

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